sexta-feira, 24 de junho de 2011

UMA IGREJA CONFESSIONAL: O que são Símbolos de Fé?




A Igreja Presbiteriana do Brasil é uma igreja confessional (ou seja, que confessa alguma coisa). Isso significa que sua posição a respeito dos mais diversos assuntos sobre teologia (estudo de Deus) ou ética (comportamento humano) é defendida com base em um parâmetro pré-estabelecido. O parâmetro escolhido para isto é a Bíblia Sagrada, sistematizada doutrinariamente pela Confissão de fé de Westminster, um documento elaborado no século 17.
            O parlamento da Inglaterra, sentindo que o país precisava se organizar religiosamente depois da reforma protestante[1], já que, agora, havia uma separação entre a Igreja Católica e as igrejas evangélicas, decidiu convocar uma Assembleia (reunião) na Abadia de Westminster, em Londres. Essa reunião foi composta por muitos teólogos (estudiosos da Palavra de Deus) que estudaram a Bíblia juntos entre Julho de 1643 e fevereiro de 1649. Assim, depois deste período, nasceu a Confissão de fé de Westminster, um documento que contém as principais questões sobre a fé e a vida das pessoas, totalmente centralizado na palavra de Deus.
            Após concluir a Confissão, a Assembleia de Westminster concentrou-se na elaboração do Catecismo[2] Maior de Westminster. Com o tempo, surgiu o consenso de que seriam necessários dois textos, um mais exato e abrangente e outro mais fácil e breve para principiantes. Por isso, decidiu-se criar também o Breve Catecismo de Westminster. O Maior destinava-se à exposição no púlpito (para adultos), ao passo que o Breve seria voltado para a instrução de crianças e adolescentes.
Algumas pessoas estranham o fato da Igreja Presbiteriana do Brasil (IPB) adotar uma confissão de fé e catecismos como padrão doutrinário, quando sustenta sempre ser a Escritura Sagrada sua única regra de fé e prática. O problema é apenas aparente. A Igreja Presbiteriana do Brasil coloca a Bíblia Sagrada em primeiro lugar. Só ela deve obrigar a consciência. E é justamente esse o motivo da adoção da Confissão e dos catecismos de Westminster pela Igreja.
A bibliocentricidade, ou seja, a centralidade na Bíblia da Confissão de Fé de Westminster é fato nitidamente constatável. Tendo e aceitando a Confissão de Fé de Westminster como exposição fiel das Escrituras Sagradas, a Igreja Presbiteriana do Brasil coloca-a na condição de instrumento auxiliador para solucionar questões sobre a religião verdadeira e ética cristã. Não existem, pois, duas regras de fé, mas uma só, suprema e infalível, que é a Escritura Sagrada.



[1] Um movimento iniciado em 31 de Outubro de 1517, por Martinho Lutero.
[2] Livro para instrução religiosa através de perguntas e respostas.

DEBATE COM ADVENTISTA - CONCLUSÃO


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CONCLUSÃO: Gostaria de deixar bem claro que o princípio sabático no quarto mandamento não foi abolido, como o próprio Senhor Jesus disse: "Porque em verdade vos digo que, até que o céu e a terra passem, de modo nenhum passará da lei um só i ou um só til, até que tudo seja cumprido." (Mt: 5.18) E, como os céus e a terra ainda não passaram, continuo observando a guarda do descanso sabático. Não sei o Luciano**, mas a Bíblia nos mostra como guardarmos o Dia do SENHOR, é só estabelecermos  os mesmos padrões que o SENHOR mesmo estabeleceu nas Suas Escrituras quanto ao Sábado, já que, antes da Ressurreição, este dia era considerado o Dia do SENHOR: 

"Se desviares do sábado o teu pé, e deixares de prosseguir nas tuas empresas no meu santo dia; se ao sábado chamares deleitoso, ao >>SANTO DIA DO SENHOR<<, digno de honra; se o honrares, não seguindo os teus caminhos, nem te ocupando nas tuas empresas, nem falando palavras vãs; então te deleitarás no Senhor, e eu te farei cavalgar sobre as alturas da terra, e te sustentarei com a herança de teu pai Jacó; porque a boca do Senhor o disse." (Isaías 58.13-14)

Ou seja, o princípio sabático do quarto mandamento continua até hoje, assim como o princípio da preservação da vida do sexto mandamento etc. Assim, o "Sábado Cristão" por assim dizer, é o primeiro dia da semana, quando celebramos ao SENHOR pela libertação que este providenciou para nós. Qualquer dúvida entre em Contato! Que o ESPÍRITO SANTO nos conduza sempre à sua verdade!

Ah! Uma análise interessante sobre  transição de um dia para o outro é o CATECISMO DE WESTMINSTER, perguntas 115-121, dá um olhada, pode esclarecer algumas dúvidas.

Pergunta 115. Qual é o quarto mandamento?
R: O quarto mandamento é: “Lembra-te de santificar o dia de sábado. Trabalharás seis dias e farás neles tudo o que tens para fazer. O sétimo dia, porém, é o sábado do Senhor teu Deus. Não farás nesse dia obra alguma, nem tu, nem o teu filho, nem a tua filha, nem o teu servo, nem a tua serva, nem o teu animal, nem o peregrino que vive das tuas portas para dentro. Porque o Senhor fez em seis dias o céu, a terá, o mar e tudo o que neles há, e descansou ao sétimo dia: por isso o Senhor abençoou o dia sétimo e o santificou.”
Ref.: Ex 20.8-11
Pergunta 116. Que se exige no quarto mandamento?
R: No quarto mandamento exige-se que todos os homens santifiquem ou guardem santos para Deus todos os tempos estabelecidos, que Deus designou em sua Palavra, expressamente um dia inteiro em cada sete; que era o sétimo desde o princípio do mundo até à ressurreição de Cristo, e o primeiro dia da semana desde então, e há de assim continuar até ao fim do mundo; o qual é o sábado cristão, e que no Novo Testamento se chama Dia do Senhor.
Ref.: Is 56.2,4,6,7; Gn 2.3; I Co 16.2; Jo 20.19-27; Ap 1.10.
Pergunta 117. Como deve ser santificado o Sábado ou Dia do Senhor (= Domingo)?
R: O Sábado, ou Dia do Senhor (=Domingo), deve ser santificado por meio de um santo descanso por todo aquele dia, não somente de tudo quanto é sempre pecaminoso, mas até de todas as ocupações e recreios seculares que são lícitos em outros dias; e em fazê-lo o nosso deleite, passando todo o tempo (exceto aquela parte que se deve empregar em obras de necessidade e misericórdia) nos exercícios públicos e particulares do culto de Deus. Para este fim havemos de preparar os nossos corações, e, com toda previsão, diligência e moderação, dispor e convenientemente arranjar os nossos negócios seculares, para que sejamos mais livres e mais prontos para os deveres desse dia.
Ref.: Ex 20.8,10; Ex 16.25,26; Jr 17.21,22; Mt 12.1-14; Lv 23.3; Lc 4.16; Lc 23.54-56;
Pergunta 118. Por que é o mandamento de guardar o sábado (=Dia do Senhor ou Domingo) mais especialmente dirigido aos chefes de família e a outros superiores?
R: O mandamento de guardar o sábado (=Dia do Senhor ou Domingo) é o mais especialmente dirigido aos chefes de família e a outros superiores, porque estes são obrigados não somente a guarda-lo por si mesmos, mas também fazer que seja ele observado por todos os que estão sob o seu cuidado; e porque são, às vezes, propensos e embaraça-los por meio de seus próprios trabalhos.
Ref.: Ex 23.12
Pergunta 119. Quais são os pecados proibidos no quarto mandamento?
R: Os pecados proibidos no quarto mandamento são: Toda omissão dos deveres exigidos, toda realização descuidosa, negligente e sem proveito, e o ficar cansado deles, toda profanação desse dia por ociosidade e por fazer aquilo que é em si pecaminoso, e por todas as obras, palavras e pensamentos desnecessários acerca de nossas ocupações e recreios seculares.
Ref.: Ex 22.26; Ez 33.31,32; Ml 1.13; Am 8.5; Ez 23.38; Jr 17.27; Is 58.13,14.
Pergunta 120. Quais são as razões anexas ao quarto mandamento, para lhe dar maior força?
R: As razões anexas ao quarto mandamento, para lhe dar maior força são tiradas da equidade dele, concedendo-nos Deus seis dias de cada sete para os nossos afazeres, e reservando apenas um para si, nestas palavras: “Seis dias trabalharás e farás tudo o que tens para fazer”, de Deus exigir uma propriedade especial nesse dia: “O sétimo dia é o sábado do Senhor teu Deus”, do exemplo de Deus, que “em seis dias fez o céu e a terra, o mar e tudo o que neles há, e descansou no dia sétimo”; e da bênção que Deus conferiu a esse dia, não somente santificando-o para ser um dia santo para o seu serviço, mas também determinando-o para ser um meio de bênção para nós em santifica-lo: “portanto o Senhor abençoou o dia de sábado e o santificou.”
Ref.: Ex 20.9,10; Ex 20.11;
Pergunta 121. Por que a expressão “lembra-te” se acha colocada no princípio do quarto mandamento?
R: A expressão “lembra-te” se acha colocada no princípio do quarto mandamento, em parte devido ao grande benefício que há em nos lembrarmos dele, sendo nós assim ajudados em nossa preparação para guarda-lo; e porque, em o guardar, somos ajudados a guardar melhor todos os mais mandamentos, e a manter uma grata recordação dos dois grandes benefícios da criação e da redenção, que contém em si a breve súmula da religião; e em parte porque somos propensos a esquecer-nos desde mandamento, visto haver menos luz da natureza para ele, e restringir nossa liberdade natural quanto a coisas permitidas em outros dias; porque esse aparece somente uma vez em cada sete, e muitos negócios seculares intervém e muitas vezes nos impedem de pensar nele, seja para nos prepararmos para ele, seja para o santificarmos; e porque Satanás, com os seus instrumentos, se esforça para apagar a glória e até a memória desde dia, para introduzir a irreligião e a impiedade.
Ref.: Ex 20.8; Ex 16.23; Ez 20.12,20; Gn 2.2,3; Sl 118.22,24; Nm 15.37,38.40;Ex 34.21; Lm 1.7; Ne 13.15-23, Jr 17.21-23;

** Eu não sabia até que o irmão Luciano me enviou um e-mail deixando claro sua colocação!

DEBATE COM ADVENTISTA - Parte 10


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10) Neste tópico o irmão Luciano se utiliza do texto de Colossensses 2.16-17. A resposta que você deu contra este argumento é a de que "este texto não se refere à sábados semanais" e aí você se utiliza do texto de Ron Du Preez. Todavia, observe o que o SENHOR nos ensina em Ex: 31.12:

"Falarás também aos filhos de Israel, dizendo: Certamente guardareis os meus >>SÁBADOS<<; porquanto isso é um sinal entre mim e vós pelas vossas gerações; para que saibais que eu sou o Senhor, que vos santifica." (Ex: 31.13)

A expressão está no plural, como no texto de colossenses e ali, vislumbrando o contexto imediato, percebe que são sábados semanais. Então, dizer que naqueles "Sábados" de colossensses nós não devemos considerar o Sábado semanal é abandonar a boa interpretação (Veja também o texto mencionado de 2 Re 4.23 onde a festa da Lua Nova e o Sábado Semanal são mencionados juntos).

Agora, analisando que estas celebrações eram uma sombra, o Domingo encaixa perfeitamente no que estou dizendo. Uma das definições de Sombra (Segundo o dicionário Luso Brasileiro): "Algo obscuro, disfarçado, relacionado ao futuro". Por isso, defendo biblicamente que o Sábado é uma sobra do que Cristo faria por nós, o descanso que Ele nos daria:  "Portanto, tendo-nos sido deixada a promessa de entrarmos no seu descanso, temamos não haja algum de vós que pareça ter falhado. Porque também a nós foram pregadas as boas novas, assim como a eles; mas a palavra da pregação nada lhes aproveitou, porquanto não chegou a ser unida com a fé, naqueles que a ouviram. Porque nós, os que temos crido, é que entramos no descanso, tal como disse: Assim jurei na minha ira: Não entrarão no meu descanso; embora as suas obras estivessem acabadas desde a fundação do mundo; pois em certo lugar disse ele assim do >>SÉTIMO DIA<<: E descansou Deus, no sétimo dia, de todas as suas obras; e outra vez, neste lugar: Não entrarão no meu descanso. Visto, pois, restar que alguns entrem nele, e que aqueles a quem anteriormente foram pregadas as boas novas não entraram por causa da desobediência, 
determina outra vez um certo dia, Hoje, dizendo por Davi, depois de tanto tempo, como antes fora dito: Hoje, se ouvirdes a sua voz, não endureçais os vossos corações. 
Porque, se Josué lhes houvesse dado descanso, não teria falado depois disso de outro dia. Portanto resta ainda um >>REPOUSO SABÁTICO<< para o povo de Deus. 
Pois aquele [JESUS] que entrou no descanso de Deus [o lar celestial], esse também descansou de suas obras, assim como Deus das suas. Ora, à vista disso, procuremos diligentemente entrar naquele descanso [o lar celestial], para que ninguém caia no mesmo exemplo de desobediência. (Hebreus 4.1-11)

Por isso, o Sábado era uma sobra, ele apontava para o descanso que temos na salvação pela graça de Cristo (Ef: 2.8-9), não pelo cumprimento da lei (Rm: 10-1-4). Como disse, Glênio Fonseca Paranguá: "A Semana do Velho Concerto tinha essa característica de um lazer compensatório, uma vez que o descanso vinha sempre no final do expediente dos seis dias de trabalho, mantendo um sabor de indenização ou aparência de galardão. [...] A Semana do Novo Pacto desestabiliza esse modo de focalizar o assunto, apresentando o dia da vacância no início do período. De acordo com a mentalidade das obras, o descanso vem como consequência do desempenho. Mas, segundo a graça, o desempenho vem em decorrência do descanso [da fé em Cristo]. Essa mudança de conceito é uma reviravolta radical no posicionamento da nova postura." (DO LIVRO: Religião, uma Bandeira do Inferno - P. 137)

Por isso os sábados e as festas cerimoniais judaicas sofreram uma alteração porque elas apontavam para Cristo e sua obra. Por isso, guardo o dia do SENHOR, que era "sombreado" pelo Sábado.

Uma outra colocação equivocada que você mencionou do tal "Ron Du Preez" precisa ser analisada: "Somente os ‘sábados’ cerimoniais judaicos, >>INSTITUÍDOS NO SINAI<< (ver Lv 23), podem ser qualificados como ‘ordenanças’ e ‘sombras’ (Cl 2:17). O ‘sábado’ do sétimo dia, >>INSTITUÍDO<< na semana da criação (ver Gn 2:2,3) [...]"

O que foi instituído no Sinai foi toda a LEI CERIMONIAL, MORAL E CIVIL. O Sábado não foi instituído na Criação (INSTITUIÇÃO= Ordenança que se obriga a realizar uma tarefa), foi instituído no Sinai, assim como toda a Lei! Daí dizer, que não podemos considerar uma sombra por causa disso é abandonar o coerência dos textos paralelos.

DEBATE COM ADVENTISTA - Parte 9

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9) neste tópico o irmão Luciano se utiliza do argumento da tradição histórico-teológica da guarda do Domingo. Concordo quando você diz que muitos "teólogos de extrema importância guardavam e defendiam a guarda do sábado" (Leandro Quadros é um deles). Agora, por favor, analise novamente  o argumento do irmão Luciano: Todos os teólogos >>CRISTÃOS DA REFORMA<< os servos fieis de Deus, os Puritanos, bem como uma nuvem de teólogos fieis de todos os ramos do protestantismo, entenderam que os motivos acima são evidências bíblicas para considerar o Domingo como dia do Senhor. Ele não está falando de João Ferreira França e Leandro Quadros ou Ron Du Preez, ele está falando de Calvino, Lutero, Zwínglio etc. Eles estavam lá (NA REFORMA PROTESTANTE) no berço da divisão... a sua denominação, bem como a minha, não existiria se Deus não os tivesse usado... daí você compará-los com Mat: 24.24? Por favor Charles W. não sejemos ignorantes. Aqueles homens de Deus tinham como LEMA a LIBERTAÇÃO DO PAPADO, bem como de suas raízes idólatras. Seus debates teológicos foram quase todos direcionados para distinguir o que vinha da tradição eclesiástica e o que vinha da Palavra de Deus. Foram homens de Deus que utilizaram a Bíblia para acabar com a prisão católica! Devemos muito ao SENHOR através deles... E, se eles, que estavam se "libertando" do calabouço romano, não se libertaram da guarda do dia do SENHOR, por verem motivo bíblico para isso, por quê razão nós faríamos isto?

DEBATE COM ADVENTISTA - Parte 8


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8) Neste tópico o irmão Luciano declara que A história confirma que os cristãos após os apóstolos, no segundo século, celebravam o Senhor no Domingo e não guardavam o sábado." Infelizmente você não refutou este argumento. Por isso, vou me utilizar de um comentário que voce havia postado no blog, ok? Em Atos 20. 7, a Palavra do SENHOR nos ensina: "No primeiro dia da semana, tendo-nos reunido a fim de partir o pão, Paulo, que havia de sair no dia seguinte, falava com eles, e prolongou o seu discurso até a meia-noite."

No blog, você esclarece este texto dizendo que era uma "refeição normal", e não a santa ceia (sendo que o próprio livro adventista de doutrinas desmente a sua tese, Nisto Cremos, p.271). Agora analisemos esta "refeição normal" à luz de um outro texto:

"e perseveravam na doutrina dos apóstolos e na comunhão, no partir do pão e nas orações" (At 2.42)

Aqui você poderia dizer: "Está vendo, era uma refeição normal. Os cristãos depois do pentecostes gostavam de almoçar juntos!"

Mas, como eu mencionei mo primeiro tópico, utilizando-nos da avaliação do contexto da passagem, observe aq distinção que o escritor Lucas faz no versículo 46:

"E, perseverando unânimes todos os dias no templo, e partindo o pão de casa em casa e tomando as suas refeições com alegria e singeleza de coração"

Qual a razão do evangelista distinguir o "partir o pão" das "refeiçÕes" se ambas tratavam da mesma coisa?

No livro de doutrinas adventistas, eles utilizam o texto de Lc: 24.35, para dizer que a expressão em Atos 20.7, significa refeição normal. Vamos ao texto: "Então os dois [discípulos no caminnho da Aldeia de Emaús, Cléopas e outro] contaram [aos outros discípulos] o que acontecera no caminho, e como se lhes fizera [JESUS] conhecer [porque o SENHOR os estava impedindo de o reconhecer] no partir do pão".

Ora, se a situação acima fosse apenas uma refeição qualquer dificilmente eles entenderiam que era Jesus que estava ali. Mas o SENHOR fez um gesto que todos os discípulos dele reconheceriam: "E aconteceu que, quando estavam à mesa, tomando [JESUS] o pão, abençoou-o, e tendo-o partido lhes deu. Abriram-se-lhes então os olhos, e o reconheceram; nisto ele desapareceu de diante deles." (vs: 30,31) "Enquanto comiam, Jesus tomou o pão e, abençoando-o, >>O PARTIU<< e o deu aos discípulos, dizendo: Tomai, comei; isto é o meu corpo." (MT: 26.26) Perceba que eles já estavam banqueteando mas a espressão "partiu o pão" foi destacada para mostra que ela seria uma expressão comum para designar a ceia do SENHOR, que todos os discípulos de Cristo reconheceriam.
Paulo também utiliza a mesma expressão: "Porque eu recebi do Senhor o que também vos entreguei: que o Senhor Jesus, na noite em que foi traído, tomou pão; 
e havendo dado graças, >>O PARTIU<< e disse: Isto é o meu corpo que é por vós; fazei isto em memória de mim." (1 Coríntios 11.23-24)

À luz dos textos paralelos é perceptível que a Expressão "Partir o Pão", no Novo Testamento, era sempre utilizada para descrever a Ceia do SENHOR, o que comprova que a reunião em Atos 20.7 do povo de Deus era um ATIVIDADE CELEBRATIVA, e não mera refeição (Até porque, utilizando apenas a lógica, qual o valor, para Paulo, adiar um dia de viagem apenas para um "almoço"? Vamos transliterar o texto desta forma: "No primeiro dia da semana, tendo-nos reunido [com o propósito de almoçar], Paulo, que havia de sair no dia seguinte, falava com eles, e prolongou o seu discurso até a meia-noite." Porque o texto Sagrado daria tanta ênfase num mero almoço?)

quinta-feira, 23 de junho de 2011

O Quarto Mandamento - Solano Portela

O dia de descanso foi instituído por Deus e não pelo homem. O mandamento tem grande importância na Palavra de Deus. Bênçãos ocorreram, por sua guarda, e castigos severos, por sua quebra. Isso deveria provocar a nossa reflexão sobre a aplicação dos princípios bíblicos relacionados com o quarto mandamento nos dias atuais, discernindo, em paralelo, a mudança para o domingo, na era cristã. O povo de Deus sempre foi muito rebelde e desobediente com relação a essa determinação, e necessita convencimento da importância do mandamento, bem como entendimento da visão neo-testamentária, para a conseqüente modificação do seu comportamento atual.

O quarto mandamento fala de um dia de descanso e de adoração ao Senhor. Deus julgou essa questão tão importante que a inseriu em sua lei moral. O descanso requerido por Deus é uma prévia da redenção que ele assegurou para o seu povo (Dt 5.12-15). Os israelitas foram levados em cativeiro (Jr 17.19-27) por haver repetidamente desrespeitado este mandamento.
Gostaríamos de examinar as bases desse conceito de descanso e santificação e de ir até o Novo Testamento verificar como os cristãos primitivos guardavam o dia do Senhor.
Não podemos, simplesmente, ignorar esse mandamento. Como povo resgatado por Deus, temos a responsabilidade de discernir como aplicar essa diretriz divina nas nossas vidas e nas de nossas famílias. Por outro lado, nessa procura, não devemos buscar tais diretrizes nos detalhamentos das leis religiosas ou civis de Israel, que dizem respeito ao sábado. Essas leis eram temporais. Ao estudar o sábado, muitos têm se confundido com os preceitos da lei cerimonial e judicial e terminado com uma série de preceitos contemporâneos que se constituem apenas em um legalismo anacrônico, destrutivo e ditatorial. Devemos estudar este mandamento procurando discernir os princípios da lei moral de Deus. Com esse objetivo em mente, vamos realizar nosso estudo com a oração de que Deus seja glorificado em nossa vida e por nosso testemunho.
1. Um dia de descanso
Em nossas bíblias o quarto mandamento está redigido assim – “Lembra-te do dia de sábado para o santificar…”. A palavra que foi traduzida “sábado”, é a palavra hebraica shabat, que quer dizer descanso. É correto, portanto, entendermos o mandamento como “… lembra-te do dia de descanso para o santificar”.
Esse “dia de descanso” era o sétimo dia no Antigo Testamento, ou seja, o nosso “sábado”. No Novo Testamento, logo na igreja primitiva, vemos o dia de ressurreição de Cristo marcando o dia de adoração e descanso. Isso é: o domingo passa a ser o nosso “dia de descanso”. Os apóstolos acataram esse dia como apropriado à celebração da vitória de Jesus sobre a morte (At 20.7; 1 Co 16.2; Ap 1.10). A igreja fiel tem entendido a questão da mesma maneira, ou seja: não é a especificação “do sétimo”, que está envolvida no mandamento, mas o princípio do descanso e santificação.
Já enfatizamos que essa questão de um dia especial de descanso, de parada de nossas atividades diárias, de santificação ao Senhor, foi considerada tão importante por Deus que ele decidiu registrar esse requerimento em sua lei moral, nos dez mandamentos. Com certeza já ouvimos alguém dizer: “…não existe um dia especial, pois todo o dia é dia do Senhor…”. Essa afirmação é, num certo sentido, verdadeira – tudo é do Senhor. Mas sempre tudo foi do Senhor, desde a criação e mesmo tudo sendo dele, ele definiu designar um dia separado e santificado. Dizer que todos os dias são do Senhor, como argumento para não separar um dia especial e específico, pode parecer um argumento piedoso e religioso, mas não esclarece a questão nem auxilia a Igreja de Cristo na aplicação contemporânea do mandamento. Na realidade, isso confunde bastante os crentes e transforma o quarto mandamento, que é uma proposição clara e objetiva e que integra a Lei Moral de Deus, em um conceito nebuloso e subjetivo, dependente da interpretação individual de cada pessoa.
Não devemos procurar modificar e “melhorar” aquilo que o próprio Deus especifica para o nosso benefício e crescimento. Deus coloca objetivamente – da mesma forma que ele nos indica a sua pessoa como o objeto correto de adoração; da mesma forma que ele nos leva a honrar os nossos pais; da mesma forma que ele nos ensina o erro de roubar, o erro de matar, o erro de adulterar – que é seu desejo que venhamos a separar para ele um dia específico, dos demais (Is 58.3).
2. Um dia santificado
Devemos notar que o requerimento é que nós nos lembremos do dia de descanso, para o santificarmos. Santificar significa separar para um fim específico. Isso quer dizer que além do descanso e parada de nossa rotina diária, Deus quer a dedicação desse dia para si. Nessa separação, o envolvimento de nossas pessoas em atividades de adoração, ensino e aprendizado da Palavra de Deus, é legítimo e desejável. A freqüência aos trabalhos da igreja e às atividades de culto, nesse dia, não é uma questão opcional, mas obrigatória aos servos de Deus. O Salmo 92, que é de adoração a Deus, tem o título em hebraico – “para o dia de descanso”.
3. Uma instituição permanente
Uma expressão, do quarto mandamento, nos chama a atenção. É que ele inicia com “Lembra-te…”. Isso significa que a questão do dia de descanso transcende a lei mosaica, isto é: a instituição estava em evidência antes da lei de Moisés. Semelhantemente, estando enraizado na lei moral, permanece, como princípio, na Nova Aliança. Vemos isso, por exemplo, no incidente bíblico da dádiva do Maná. Deus requerendo o descanso e cessação de trabalho durante a peregrinação no deserto, quando ele alimentava o seu povo com o Maná, antes da dádiva dos dez mandamentos. Estes seriam recebidos somente por Moisés no monte Sinai (veja, especificamente, Ex 16.29, 30).
4. Paulo faz um culto de louvor e adoração, no domingo, em Trôade
Paulo nos deixou, além das prescrições de suas cartas, um exemplo pessoal – reuniu-se com os crentes no domingo (At 20.6-12), na cidade de Trôade, na Ásia Menor. O versículo 6 diz que a permanência, naquele lugar, foi de apenas uma semana. Lucas, o narrador que estava com Paulo, registra, no v. 7: “… no primeiro dia da semana, estando nós reunidos com o fim de partir o pão…”. Ele nos deixa a nítida impressão de que aquela reunião não era esporádica, aleatória, mas sim a prática sistemática dos cristãos – reunião periódica no primeiro dia da semana, conjugada com a observância da santa ceia do Senhor. Estamos há apenas 15 a 20 anos da morte de Cristo, mas a guarda do domingo já estava enraizada no cristianismo.
Paulo pronunciou um longo discurso, naquela noite. À meia noite, um jovem, vencido pelo cansaço, adormece e cai de uma janela do terceiro andar, vindo a falecer (v. 9). Deus opera um milagre através de Paulo e o jovem volta à vida (v. 10). Paulo continuou pregando, naquele local até o alvorecer (v. 11).
5. O entendimento da Reforma sobre o dia de descanso
A Confissão de Fé de Westminster captura o entendimento da teologia reformada sobre o dia de descanso ordenado por Deus. Nela não encontramos desprezo pelas diretrizes divinas, nem uma visão diluída da lei de Deus, mas um intenso desejo de aplicar as diretrizes divinas às nossas situações. O quarto mandamento tem uma consideração semelhante aos demais registrados em Ex 20, todos aplicáveis aos nossos dias. Nas seções VII e VIII, do capítulo 21, sob o título – “Do Culto Religioso e do Domingo” lemos o seguinte:
Como é lei da natureza que, em geral, uma devida proporção do tempo seja destinada ao culto de Deus, assim também, em sua palavra, por um preceito positivo, moral e perpétuo, preceito que obriga a todos os homens em todos os séculos, Deus designou particularmente um dia em sete para ser um sábado (descanso) santificado por ele; desde o princípio do mundo, até a ressurreição de Cristo, esse dia foi o último dia da semana; e desde a ressurreição de Cristo já foi mudado para o primeiro dia da semana, dia que na Escritura é chamado de domingo, ou Dia do Senhor, e que há de continuar até ao fim do mundo como o sábado cristão.
Este sábado é santificado ao Senhor quando os homens, tendo devidamente preparado os seus corações e de antemão ordenado os seus negócios ordinários, não só guardam, durante todo o dia, um santo descanso das suas próprias obras, palavras e pensamentos a respeito dos seus empregos seculares e das suas recreações, mas também ocupam todo o tempo em exercícios públicos e particulares de culto e nos deveres de necessidade e misericórdia.
6. O Quarto Mandamento Hoje – Qual o nosso conceito do domingo?
É necessário que tenhamos a convicção de que o chamado à adoração, o desejo de estar cultuando ao Senhor, e o descansar de nossas atividades diárias, por intermédio de um envolvimento com as atividades da igreja, encontra base e respaldo bíblico. É mais do que uma questão de costumes, do que uma posição opcional. É algo tão importante que faz parte da lei moral de Deus.
Normalmente nos perdemos em discussões inúteis sobre detalhes, procurando prescrever a outros uma postura de guarda do quarto mandamento conforme nossas convicções, ou falta delas. Assumimos uma atitude condenatória, procurando impor regras detalhadas e, muitas vezes, seguindo restrições da lei cerimonial, em vez do espírito da lei moral. Antes de nos perdermos no debate dos detalhes, estamos nos aprofundando no princípio? Temos a postura de tornar realmente o domingo um dia diferente, santificado, dedicado ao Senhor e à nossa restauração física?
Apêndice: Qual o dia de descanso – sábado ou domingo?
Sempre que estudamos o quarto mandamento surge a pergunta: quem está certo? São os Adventistas, que indicam o sábado como o dia que ainda deveríamos estar observando, ou a teologia da Reforma, apresentada na Confissão de Fé de Westminster, e em outras confissões, que encontra aprovação bíblica e histórica para a guarda do domingo? Alguns pontos podem nos ajudar a esclarecer a questão:
1. Os pontos centrais de cumprimento ao quarto mandamento são: o descanso, a questão da separação de um dia para Deus, e a sistematização, ou repetibilidade desse dia. O dia, em si, é uma questão temporal, principalmente por que depois de tantas e sucessivas modificações no calendário é impossível qualquer seita ou religião afirmar categoricamente que estamos observando exatamente o sétimo dia. Nós usamos o calendário Gregoriano, feito no século 16. Os judeus atuais usam o calendário ortodoxo, estabelecido no terceiro século, e assim por diante.
2. Os principais eventos da era cristã ocorreram no domingo:
• Jesus ressuscitou (Jo 20.1)
• Jesus apareceu aos dez discípulos (Jo 20.19)
• Jesus apareceu aos onze discípulos (Jo 20.26)
• O Espírito Santo desceu no dia de pentecostes, que era um domingo (Lv 23.15, 16 – o dia imediato ao sábado), e nesse mesmo domingo o primeiro sermão sobre a morte e ressurreição de Cristo foi pregado por Pedro (At 2.14) com 3000 novos convertidos.
• Em Trôade os crentes se juntaram para adorar (At 20.7).
• Paulo instruiu aos crentes para trazerem as suas contribuições (1 Cr 16.2).
• Jesus apareceu e João, em Patmos (Ap 1.10).
3. Os escritos da igreja primitiva, desde a Epístola de Barnabé (ano 100 d.C.) até o historiador Eusébio (ano 324 d.C.) confirmam que a Igreja Cristã, inicialmente formada por Judeus e Gentios, guardavam conjuntamente o sábado e o domingo. Essa prática foi gradativamente mudando para a guarda específica do domingo, na medida em que se entendia que o domingo era dia de descanso apropriado, em substituição ao sábado. Semelhantemente, a circuncisão e o batismo foram conjuntamente inicialmente observados, existindo, depois, a preservação somente do batismo, na Igreja Cristã. O domingo não foi estabelecido pelo imperador Constantino, no 4º século, como afirmam os adventistas. Constantino apenas formalizou aquilo que já era a prática da igreja.
4. Cl 2.16-17 mostra que o aspecto do sétimo dia era uma sombra do que haveria de vir, não devendo ser ponto de julgamento de um cristão sobre outro.
Para um estudo mais detalhado do assunto, sugerimos o livro de J. K. VanBaalen, O Caos das Seitas.

quarta-feira, 22 de junho de 2011

DEBATE COM ADVENTISTA - Parte 7


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7) Neste tópico o irmão Luciano disse que Um livro foi dado por revelação Divina. A sua reposta foi "Acabei de dizer de onde vem a palavra domingo e seu verdadeiro significado". Na verdade você disse o que significava Solus Dies, e quando está divindade pagã era adorada (no primeiro dia da semana). Recomendo que leia os artigos do site especializado em etimologia. Quanto ao argumento de receber uma revelação importante neste dia, vamos analisar o texto de 2 Re 4.23: 

"Disse ele: Por que queres ir ter com ele hoje? Não é lua nova nem sábado. E ela disse: Tudo vai bem."

A história em questão é a história de Eliseu e a Sunamita. Sem querer perder tempo, vou resumi-la: Eliseu predisse que ela teria um filho e ela teve, mas o menino morreu. Então, desesperada, a Mãe pega o menino e deseja levá-lo ao profeta para ver o que Ele poderia fazer. A resposta do marido é Direta: "hoje não é... sábado". O comentarista da Bíblia, chamado Matthew Henry, nos revela que os judeus se reuniam no sábado não apenas para ATIVIDADES CELEBRATIVAS, mas quando estavam num momento de "aperto" se reuniam também para buscar a REVELAÇÃO do SENHOR, no templo. Analisemos: Se o sábado aqui é colocado como um dia de Celebração, mas também de revelação espiritual, Porque o SENHOR não concedeu ao apóstolo a REVELAÇÃO do Apocalipse, neste dia?? Ao invés disso, como você viu no blog, ELE concedeu a revelação do apocalipse no Kyriakê Hêmera (Uma palavra totalmente nova na Bíblia para designar o dia Senhorial). NÃO FOI A IGREJA CATÓLICA QUE INSERIU ESTA EXPRESSÃO NO NT, mas já estava lá! (Ap: 1.10)

DEBATE COM ADVENTISTA - Parte 6


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6) Neste tópico o irmão Luciano dia que O Soberano Deus usou a palavra ‘Domingo= dia do Senhor’ em uma referência ao primeiro dia da semana em Apocalipse 1.10. Você refutou dizendo que o argumento apresentado "parecem até católicos, o significado do nome Domingo do latim dies Solis ou Solis dies". O argumento apresentado pelo Luciano não quis discutir a etimologia da Palavra, mas a UTILIZAÇÃO da mesma. Realmente Dies Solis, significa "dia do Sol" mas a transliteração desta expressão nunca foi DOMINGO. Pesquisei as fontes utilizadas por você, e olha que interessante:

"A >>TRADIÇÃO APOSTÓLICA<< fixa o dia de descanso dos cristãos para o domingo, em homenagem à ressurreição de Cristo.[1] Em 325 d.C. [Quase 150 anos depois do período apostólico], as orientações decididas no Primeiro Concílio de Niceia,>>CONFIRMAM<< [Repare que ela não alterou a reverência que os apóstolos tinham pelo Dia do SENHOR] a Tradição Apostólica, e durante a Reforma do Calendário Romano a cargo de Constantino I, o Grande - substitui-se o nome de Solis Dies, que significa Dia do Sol - forma como os pagãos se referiam ao domingo - para Dominica Dies, que evoluiu para Dominus Dei, que em português quer dizer "dia do senhor" que evoluiu para domingo. (http://pt.wikipedia.org/wiki/Dias_da_semana#cite_note-0)

Depois fui averiguar algumas outras fontes e não encontrei em nenhuma delas que o Solus Dies transliterado significa DOMINGO. De fato, nesta fonte http://pt.wikipedia.org/wiki/Calend%C3%A1rio_Romano#Semana aprendemos que os pagãos adoravam seus deuses em TODOS os dias da semana, inclusive o Sábado.  Então o que a IGREJA CATÓLICA FEZ foi apenas institucionalizar o Dia do SENHOR (que, como vimos acima, já era guardado pelos apóstolos) e OBRIGAR a todos descansarem neste dia, já que o império romano era uma igreja-estado. Infelizmente, a fonte do Wikipédia que explica melhor sobre o Solus Dies está corrompida de forma tendenciosa e não é confiável (http://pt.wikipedia.org/wiki/Domingo).

Resolvi pesquisar num site especializado em etimologia e encontrei, em forma dinâmica e bem descontraída, uma explicação sobre a etimologia doas dias da semana, vale à pena conferir: http://origemdapalavra.com.br/artigo/o-nome-dos-dias/

Eu mesmo, pedi esclarecimentos ao site depois de ter lido o artigo tendencioso do Wikipédia, e a respostas foi essa:


SOLIS DIES quer dizer “dia do sol” em Latim. Originalmente esse era o nome, e ainda é em Inglês (SUNDAY).
Mas o advento do cristianismo alterou, em diversos idiomas, o nome da divindade pagã de então e colocou o de “Senhor”, DOMINUS em Latim. (http://origemdapalavra.com.br/pergunta/significado-do-domingo/)

Perceba que o "advento do cristianismo" (a igreja católica) apenas INSTITUCIONALIZOU o nome do dia para todo o império, não alterou o VALOR e a APRECIAÇÃO (como já mencionei acima) que este dia tinha para os apóstolos e para os demais crentes naquela época.

A Revelação da Salvação em Cristo no Antigo Testamento - Capítulo 2.2

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2.2 A redenção nos livros históricos



A redenção em Cristo não se manifesta apenas nos livros da Lei. Depois destes, a Bíblia também trata de aspectos a respeito dessa redenção na seção conhecida como Livros Históricos.
Percebemos nesta seção do Velho Testamento que o SENHOR cumpriu Sua promessa de abençoar as famílias da Terra por meio da descendência Abraâmica. Logo no início desta seção temos o exemplo de Raabe, a prostituta de Jericó (Js: 2).


2.2.1    O Amor: Aspecto Indistinto e Incondicional da Redenção em Cristo



Raabe era cananéia. A ordem do SENHOR para Israel quando chegasse em Canaã era destruir tudo “o que têm fôlego”. Isso porque o SENHOR não queria que Seu povo fosse contaminado ou levado a adoração pagã (Dt: 20.16-18). Todavia, Raabe foi uma exceção. Sua fé foi provada pelo temor que esta demonstrou ao Deus de Israel mais do que a qualquer outro:

Bem sei que o SENHOR vos deu esta terra, e que o pavor que infundis caiu sobre nós, e que todos os moradores da terra estão desmaiados.  10 Porque temos ouvido que o SENHOR secou as águas do mar Vermelho diante de vós, quando saíeis do Egito; e também o que fizestes aos dois reis dos amorreus, Seom e Ogue, que estavam além do Jordão, os quais destruístes.  11 Ouvindo isto, desmaiou-nos o coração, e em ninguém mais há ânimo algum, por causa da vossa presença; porque o SENHOR, vosso Deus, é Deus em cima nos céus e embaixo na terra. (Js: 2.9-11)

Raabe reconheceu a Soberania do Deus de Israel e temeu a Ele. A graça e o amor incondicional de Cristo foram manifestados neste episódio, pois “para com Ele não há acepção de pessoas.” (Ef: 6.9).
Exemplo semelhante é o da moabita Rute. Quando desafiada por sua sogra a voltar à sua Terra e às práticas idólatras de seu povo, ela faz uma das mais belas declarações de amor e fé registrada nas Escrituras:

Não me instes para que te deixe e me obrigue a não seguir-te; porque, aonde quer que fores, irei eu e, onde quer que pousares, ali pousarei eu; o teu povo é o meu povo, o teu Deus é o meu Deus. Onde quer que morreres, morrerei eu e aí serei sepultada; faça-me o SENHOR o que bem lhe aprouver, se outra coisa que não seja a morte me separar de ti. (Rt: 1.16,17)

Alguns comentaristas encaram esta passagem como uma mera demonstração da fidelidade de uma nora para com sua sogra. No entanto, a declaração de Rute é melhor compreendida pelas palavras de Boaz, filho de Raabe:

Bem me contaram tudo quanto fizeste a tua sogra, depois da morte de teu marido, e como deixaste a teu pai, e a tua mãe, e a terra onde nasceste e vieste para um povo que dantes não conhecias.  12 O SENHOR retribua o teu feito, e seja cumprida a tua recompensa do SENHOR, Deus de Israel, sob cujas asas vieste buscar refúgio. (Rt: 2.11,12)

Rute, pelo testemunho de Noemi e sua família, conheceu a Graça de Cristo e teve a oportunidade de ser liberta da escravidão da idolatria de seu povo buscando refúgio nas asas do Deus de Israel. Pela fé, assim como Raabe, Rute já não era mais considerada estrangeira, mais parte do corpo de Cristo e da família de Deus! (Ef: 2.19)
E o SENHOR foi tão benevolente para com Sua serva que ainda lhe concedeu o privilégio de participação na árvore genealógica do Messias:

Judá gerou de Tamar a Perez e a Zera; Perez gerou a Esrom; Esrom, a Arão;  4 Arão gerou a Aminadabe; Aminadabe, a Naassom; Naassom, a Salmom;  5 Salmom gerou de Raabe a Boaz; este, de Rute, gerou a Obede; e Obede, a Jessé; Jessé gerou a Davi [...]. (Mt: 1.3-6).

Cristo revela Seu amor incondicional e indistinto até mesmo por Sua ascendência genética. Sua linhagem agora contava também com uma cananéia e uma moabita.
Posteriormente, no período dos Juízes, a nação de Israel se rebela contra o SENHOR e pede um rei ao profeta Samuel. Este, contrariado, mas obedecendo à voz de Deus, unge Saul, como primeiro rei (humano) de Israel. Seu reinado foi marcado por infidelidade e, por isso, o SENHOR designa outro homem para dar continuidade a Monarquia Israelense. Um homem segundo o Seu coração: Davi, o filho mais novo de Jessé.
Davi foi ungido rei de Israel (1º Sm: 16.13) e, a partir daí, o “Espírito do SENHOR” se apossou dele. Foi o mais famoso de todos os reis de Israel, com exceção de Jesus, é claro. O propósito do SENHOR era fazer com que o redentor messiânico tivesse autoridade declarada tanto nos Céus como na Terra “para que ao nome de Jesus se dobre todo joelho, nos céus, na terra e debaixo da terra, e toda língua confesse que Jesus Cristo é Senhor, para Glória de Deus Pai.” (Fp: 2.10,11).
Dentre todos os redentores (ou libertadores) levantados pelo SENHOR no Antigo Testamento, Davi foi o maior! Isto para mostrar que o descendente prometido em Gênesis seria, reconhecidamente, o maior libertador do povo de Deus em todas as eras.