sexta-feira, 24 de junho de 2011

DEBATE COM ADVENTISTA - Parte 10


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10) Neste tópico o irmão Luciano se utiliza do texto de Colossensses 2.16-17. A resposta que você deu contra este argumento é a de que "este texto não se refere à sábados semanais" e aí você se utiliza do texto de Ron Du Preez. Todavia, observe o que o SENHOR nos ensina em Ex: 31.12:

"Falarás também aos filhos de Israel, dizendo: Certamente guardareis os meus >>SÁBADOS<<; porquanto isso é um sinal entre mim e vós pelas vossas gerações; para que saibais que eu sou o Senhor, que vos santifica." (Ex: 31.13)

A expressão está no plural, como no texto de colossenses e ali, vislumbrando o contexto imediato, percebe que são sábados semanais. Então, dizer que naqueles "Sábados" de colossensses nós não devemos considerar o Sábado semanal é abandonar a boa interpretação (Veja também o texto mencionado de 2 Re 4.23 onde a festa da Lua Nova e o Sábado Semanal são mencionados juntos).

Agora, analisando que estas celebrações eram uma sombra, o Domingo encaixa perfeitamente no que estou dizendo. Uma das definições de Sombra (Segundo o dicionário Luso Brasileiro): "Algo obscuro, disfarçado, relacionado ao futuro". Por isso, defendo biblicamente que o Sábado é uma sobra do que Cristo faria por nós, o descanso que Ele nos daria:  "Portanto, tendo-nos sido deixada a promessa de entrarmos no seu descanso, temamos não haja algum de vós que pareça ter falhado. Porque também a nós foram pregadas as boas novas, assim como a eles; mas a palavra da pregação nada lhes aproveitou, porquanto não chegou a ser unida com a fé, naqueles que a ouviram. Porque nós, os que temos crido, é que entramos no descanso, tal como disse: Assim jurei na minha ira: Não entrarão no meu descanso; embora as suas obras estivessem acabadas desde a fundação do mundo; pois em certo lugar disse ele assim do >>SÉTIMO DIA<<: E descansou Deus, no sétimo dia, de todas as suas obras; e outra vez, neste lugar: Não entrarão no meu descanso. Visto, pois, restar que alguns entrem nele, e que aqueles a quem anteriormente foram pregadas as boas novas não entraram por causa da desobediência, 
determina outra vez um certo dia, Hoje, dizendo por Davi, depois de tanto tempo, como antes fora dito: Hoje, se ouvirdes a sua voz, não endureçais os vossos corações. 
Porque, se Josué lhes houvesse dado descanso, não teria falado depois disso de outro dia. Portanto resta ainda um >>REPOUSO SABÁTICO<< para o povo de Deus. 
Pois aquele [JESUS] que entrou no descanso de Deus [o lar celestial], esse também descansou de suas obras, assim como Deus das suas. Ora, à vista disso, procuremos diligentemente entrar naquele descanso [o lar celestial], para que ninguém caia no mesmo exemplo de desobediência. (Hebreus 4.1-11)

Por isso, o Sábado era uma sobra, ele apontava para o descanso que temos na salvação pela graça de Cristo (Ef: 2.8-9), não pelo cumprimento da lei (Rm: 10-1-4). Como disse, Glênio Fonseca Paranguá: "A Semana do Velho Concerto tinha essa característica de um lazer compensatório, uma vez que o descanso vinha sempre no final do expediente dos seis dias de trabalho, mantendo um sabor de indenização ou aparência de galardão. [...] A Semana do Novo Pacto desestabiliza esse modo de focalizar o assunto, apresentando o dia da vacância no início do período. De acordo com a mentalidade das obras, o descanso vem como consequência do desempenho. Mas, segundo a graça, o desempenho vem em decorrência do descanso [da fé em Cristo]. Essa mudança de conceito é uma reviravolta radical no posicionamento da nova postura." (DO LIVRO: Religião, uma Bandeira do Inferno - P. 137)

Por isso os sábados e as festas cerimoniais judaicas sofreram uma alteração porque elas apontavam para Cristo e sua obra. Por isso, guardo o dia do SENHOR, que era "sombreado" pelo Sábado.

Uma outra colocação equivocada que você mencionou do tal "Ron Du Preez" precisa ser analisada: "Somente os ‘sábados’ cerimoniais judaicos, >>INSTITUÍDOS NO SINAI<< (ver Lv 23), podem ser qualificados como ‘ordenanças’ e ‘sombras’ (Cl 2:17). O ‘sábado’ do sétimo dia, >>INSTITUÍDO<< na semana da criação (ver Gn 2:2,3) [...]"

O que foi instituído no Sinai foi toda a LEI CERIMONIAL, MORAL E CIVIL. O Sábado não foi instituído na Criação (INSTITUIÇÃO= Ordenança que se obriga a realizar uma tarefa), foi instituído no Sinai, assim como toda a Lei! Daí dizer, que não podemos considerar uma sombra por causa disso é abandonar o coerência dos textos paralelos.

3 comentários:

  1. Em resposta a este tópico, Charles respondeu o seguinte:

    "Portanto resta ainda um >>REPOUSO SABÁTICO<< para o povo de Deus. Pois aquele que entrou no descanso de Deus, esse também descansou de suas obras, assim como Deus das suas. Ora, à vista disso, procuremos diligentemente entrar naquele descanso, para que ninguém caia no mesmo exemplo de desobediência. (Hebreus 4.10-11)". Não tem provas neste texto de que o sábado é uma sombra, apenas diz que teremos um descanso sabático no céu, não significando sua abolição para os cristãos, se puder explicar melhor seu ponto de vista desse texto eu agradeço.

    Luís, neste seu argumento não usou a consideração da pesquisa de Ron Du Preez, não levou em consideração o texto anterior ao de Colossenses que não se referia a sábados semanais, portanto leve em consideração o texto anterior a este no antigo testamento e não qualquer texto na bíblia onde esteja sábado no plural como Ex.31:12.

    Repito:

    Um estudo exegético, lingüístico, estrutural, sintático e intertextual de Colossenses 2:16 com esses textos, desenvolvidos por Ron Du Preez, constatou que o verdadeiro antecedente dessa expressão está em Oséias 2:11, que diz: ‘Farei cessar todo o seu gozo, as suas Festas de Lua Nova, os seus sábados e todas as suas solenidades’. Enquanto os dias de ‘festa’ (hebraico hag; grego heorte) dizem respeito às ‘três festas de peregrinação da Páscoa, do Pentecostes e dos Tabernáculos, os ‘sábados’ (hebraico sabbat; grego sábbata) se referem às três celebrações adicionais das Trombetas, da Expiação e dos Anos Sabáticos…[os oponentes precisam entender que o sábado semanal, por ser um memorial de um evento passado – a criação – não pode ser uma “sombra de Cristo”. Ler Êxodo 20:8-11]. Infelizmente não coloquei no outro e-mail que este texto contém considerações de Leandro Quadros, entre colchetes e no meio do texto.

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  2. Fico satisfeito em ver que, novamente, você volta a debater com seus próprios argumentos. Então vamos as considerações:

    1) O que quis dizer no texto de Hebreus foi mostrar que o DESCANSO prometido no Velho Testamento é concedido aos que creem em Jesus Cristo.

    2)"neste seu argumento não usou a consideração da pesquisa de Ron Du Preez"

    Na verdade, eu usei sim. Vou transcrever o que coloquei na postagem: "Uma outra colocação equivocada que você mencionou do tal "Ron Du Preez" precisa ser analisada: "Somente os ‘sábados’ cerimoniais judaicos, >>INSTITUÍDOS NO SINAI<< (ver Lv 23), podem ser qualificados como ‘ordenanças’ e ‘sombras’ (Cl 2:17). O ‘sábado’ do sétimo dia, >>INSTITUÍDO<< na semana da criação (ver Gn 2:2,3) [...]"

    O que foi instituído no Sinai foi toda a LEI CERIMONIAL, MORAL E CIVIL. O Sábado não foi instituído na Criação (INSTITUIÇÃO= Ordenança que se obriga a realizar uma tarefa), foi instituído no Sinai, assim como toda a Lei! Daí dizer, que não podemos considerar uma sombra por causa disso é abandonar o coerência dos textos paralelos". [para uma análise mais profunda deste argument, ver a parte 2 do debate:http://escravosdecristo.blogspot.com/2011/06/debate-com-adventista-parte-2.html]

    3)"Repito: Um estudo exegético, lingüístico, estrutural, sintático e intertextual de Colossenses 2:16 com esses textos, desenvolvidos por Ron Du Preez, constatou que o verdadeiro antecedente dessa expressão está em Oséias 2:11"

    E eu também repito: Oséias 2.11 não está se referindo "celebrações adicionais das Trombetas, da Expiação e dos Anos Sabáticos", mas aos sábados semanais. É só fazer o que o Ron disse que fez, mas não fez: uma análise intertextual. Observe o texto de Números 28, quando fala das celebrações que deveriam ser realizadas nos sábados semanais:

    "No dia de sábado oferecerás dois cordeiros de um ano, sem defeito, e dois décimos de efa de flor de farinha, misturada com azeite, em oferta de cereais, com a sua oferta de libação; é o holocausto de todos os sábados, além do holocausto contínuo e a sua oferta de libação." (nm: 28.9-10)

    Ali, no mesmo texto, Deus ordena as celebrações que deveriam ser realizadas nas FESTAS DE LUA NOVA!

    Nos princípios dos vossos meses oferecereis em holocausto ao Senhor [...] este é o holocausto da Lua Nova de cada mês, por todos os meses do ano." (Nm: 28.11-14)

    Então, vemos que Deus via o Sábado celebrado no sétimo dia como uma celebração cerimonial no mesmo nível da Lua Nova, celebrada no início dos meses. Infelizmente, Ron Du Prezz negligenciou o próprio princípio que ele diz ter usado. Então, dizer que o texto de Colossensses 2.16-17 se refere às outras celebrações, e não ao sábados semanais, é negligenciar os textos paralelos.

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  3. 4)"os oponentes precisam entender que o sábado semanal, por ser um memorial de um evento passado – a criação – não pode ser uma “sombra de Cristo”"

    Felizmente, seu teólogo favorito pisa "na jaca" novamente. A celebração da Páscoa é um memorial de um evento passado. Então porque o Leandro Quadros, não comemora ela do mesmo jeito instituído no Sinai? (Lv: 23.4-8)

    Percebe Charles que a transição que altera alguns princípios da velha Aliança é inevitável! (PÁSCOA=CEIA DO SENHOR).O Sábado continua sendo celebrado pelos cristãos mas, como o evento PRINCIPAL para a celebração do mesmo agora é outro (a ressurreição de Cristo, fazendo a restauração da Criação e a libertação do pecado), o dia da celebração também foi alterado para o primeiro dia da semana. Por isso o Sábado e as demais festas celebradas pelos judeus, sofrearam alterações no MODO em que são celebradas.

    5) Então, você, seu teólogo favorito e Ron Du prez, ainda não refutaram o argumento deste tópico: "Ninguém, pois, vos julgue pelo comer, ou pelo beber, ou por causa de dias de festa, ou de lua nova, ou de sábados, que são sombras das coisas vindouras; mas o corpo é de Cristo." (Colossenses 2.16-17)

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