sábado, 18 de junho de 2011

O Cristão e a Pena de Morte

"Não seguirás a multidão para fazeres o mal; nem numa demanda darás testemunho, acompanhando a maioria, para perverteres a justiça" (Ex: 23.2)

Agora virou festa! Não bastava a vergonhosa legalização da união estável entre homossexuais pelo Supremo Tribunal Federal, agora também querem a legalização da Maconha... daqui à pouco vem o aborto, o assassinato e por aí a "festa da iniquidade" se deflagra...

Deus, o Todo-Poderoso Soberano dos céus e da terra, convoca o Seu povo no Monte Sinai desta forma:  "Portanto santificai-vos, e sede santos, pois eu sou o Senhor vosso Deus. Guardai os meus estatutos, e cumpri-os. Eu sou o Senhor, que vos santifico. [...] Se um homem tomar uma mulher e a mãe dela, é maldade; serão queimados no fogo, tanto ele quanto elas, >>PARA QUE NÃO HAJA MALDADE NO MEIO DE VÓS<<. [...] Guardareis, pois, todos os meus estatutos e todos os meus preceitos, e os cumprireis; a fim de que >>A TERRA<<, para a qual eu vos levo, para nela morardes, >>NÃO VOS VOMITE<<. E não andareis nos costumes dos povos que eu expulso de diante de vós; porque eles fizeram todas estas coisas, e eu os abominei. [...] Não fareis segundo as obras da terra do Egito, em que habitastes; nem fareis segundo as obras da terra de Canaã, para a qual eu vos levo; >>NEM ANDAREIS SEGUNDO OS SEUS ESTATUTOS<<. Os meus preceitos observareis, e os meus estatutos guardareis, para andardes neles. Eu sou o Senhor vosso Deus." (Levítico 20.7-8, 14, 22-23 / 18.3-4)

O Texto é claro: A Pena de morte deveria ser aplicada em Israel como >>A<< forma de coibir o alastramento do pecado na nação, já que eles deveriam ser santos! Ah! Como seria maravilhoso se os cristãos modernos voltassem os seus olhos para este princípio! Quão magnífico seria ver o povo de Deus lutando contra o pecado e pela legalização da Pena de Morte, já que o próprio Deus a institui como >>O<< meio de coibir a iniquidade de toda uma nação. E olha que Deus não está falando de CONVERSÃO, mas COIBIÇÃO da "maldade no meio deles", ou seja, o afastamento de um povo das práticas totalmente abomináveis aos Puros Olhos de Deus. E, ainda que este povo adote leis que sejam contrárias as encontradas na Sagradas Escrituras, de modo algum devemos aceitá-las pois, como dizia irmão Agostinho, "uma Lei Injusta, não é Lei alguma!"

Estamos vivendo ante o progresso da Iniquidade! A nossa nação, bem como a grande maioria dos cristãos que nela habitam, estão cada vez mais caminhando rumo às velhas práticas encontradas em Sodoma e Gomorra, onde "tanto os moços como os velhos" eram totalmente devassos e sem escrúpulo moral algum! (Gn: 19.4)

Como, então, barrar este progresso? Pregação do Evangelho, sem dúvida, é o primeiro passo a ser tomado. Entretanto, existe uma segunda atitude que precisa ser, urgentemente, re-considerada: O MODO COMO OS CRISTÃOS VEEM A LEI VETERO-TESTAMENTÁRIA (Velho-Testamento).

Os cristãos modernos (pelo menos, a grande maioria) acham que, por não sermos uma teocracia, não devemos mais considerar a Lei Divina dada aos nossos antepassados como algo especial e de valia na sociedade atual. Na verdade, uns desconsideram quase que completamente a Lei dada no Sinai, como é o caso dos dispensacionalistas ("moderados" ou "exagerados"). Para redescobrirmos o valor e a importância da Lei Sinaítica para nós hoje, precisamos lançar mão de uma passagem que, ora ou outro, vêm sido utilizada pelos que são contrários ao Correto uso daquela Lei: João 8.1-11.


"Mas Jesus foi para o Monte das Oliveiras. Pela manhã cedo voltou ao templo, e todo o povo vinha ter com ele; e Jesus, sentando-se o ensinava. Então os escribas e fariseus trouxeram-lhe uma mulher apanhada em adultério; e pondo-a no meio, disseram-lhe: Mestre, esta mulher foi apanhada em flagrante adultério.
Ora, Moisés nos ordena na lei que as tais sejam apedrejadas. Tu, pois, que dizes? Isto diziam eles, tentando-o, para terem de que o acusar. Jesus, porém, inclinando-se, começou a escrever no chão com o dedo. Mas, como insistissem em perguntar-lhe, ergueu-se e disse- lhes: Aquele dentre vós que está sem pecado seja o primeiro que lhe atire uma pedra. E, tornando a inclinar-se, escrevia na terra. Quando ouviram isto foram saindo um a um, a começar pelos mais velhos, até os últimos; ficou só Jesus, e a mulher ali em pé.
Então, erguendo-se Jesus e não vendo a ninguém senão a mulher, perguntou-lhe: Mulher, onde estão aqueles teus acusadores? Ninguém te condenou? Respondeu ela: Ninguém, Senhor. E disse-lhe Jesus: Nem eu te condeno; vai-te, e não peques mais."

Longe de discutir se o texto em questão faz parte do cânon ou não, quero trabalhar outro princípio ali. A situação é vergonhosa! Uma mulher é apanhada em flagrante adultério e os "fariseus e Escribas", já conhecidos inimigos do Senhor, trouxeram esta mulher para ser apedrejada porque, segundo eles, "Moisés ordena na Lei que as tais sejam apedrejadas". Será? Vejamos o que a Lei ensina para "que não houvesse maldade" no meio dos israelitas:

"O homem que adulterar com a mulher de outro, sim, aquele que adulterar com a mulher do seu próximo, certamente será morto, tanto o adúltero, como a adúltera." (Lv: 20.10)

Observe que ambos deveriam ser mortos! Mas o objetivo daqueles homens não era a prática imparcial da Lei, mas sim, tentar Jesus para "terem de que o acusar". E por que isso? Tais homens sempre foram invejosos e procuravam, dia e noite, ter com o que acusar Jesus para que este fosse condenado perante o império Romano. Eles fizeram isso com o tributo romano (Mt: 22.15-22) e agora estavam tentando acusá-lo numa das leis vigentes na época que, segundo as Escrituras, não permitia aos povos sob o domínio de Roma executarem ninguém a seu bel-prazer (João 18.31) porque, esclarece Donald Guthrie, "embora o sinédrio tivesse o poder de condenar um homem [ou, claro, uma mulher] à morte, exigia que ele obtivesse a sansão do governador".

Então vemos que a intenção deles não era a justiça prática da Lei Mosaica, mas sim, a aplicação parcial da mesma segundo seus próprios interesses. No desfecho da história, o Senhor revela respeito pela autoridade vigente (o império Romano) e nos ensina que, em tempos de "Antropocracia", devemos nos submeter as autoridades constituídas, assim como Paulo no ensina em Rm: 13.1-2, até onde estas respeitarem os princípios morais contidos na Sagrada Lei. Então, JESUS NÃO FOI CONTRA A PENA DE MORTE E POR QUE NÓS SERÍAMOS? SOMOS MAIORES QUE O NOSSO MESTRE?

Ele nunca deu sinais de que reprovava esta Lei, antes, Ele afirma:

"Não penseis que vim destruir a lei ou os profetas; não vim destruir, mas cumprir. Porque em verdade vos digo que, até que o céu e a terra passem, de modo nenhum passará da lei um só i ou um só til, até que tudo seja cumprido. Qualquer, pois, que violar um destes mandamentos, por menor que seja, e assim ensinar aos homens, será chamado o menor no reino dos céus; aquele, porém, que os cumprir e ensinar será chamado grande no reino dos céus. Pois eu vos digo que, se a vossa justiça não exceder a dos escribas e fariseus [como no caso de João 8], de modo nenhum entrareis no reino dos céus." (Mateus 5.17-20)

Então, por favor, não desconsidere as palavras inspiradas que o SENHOR concedeu ao seu santo servo Moisés que "foi fiel em toda casa de Deus" (Hb: 3.5). Ainda que algumas daquelas leis tinham o seu valor apenas temporal pois tipificavam o sacrifício de nosso Senhor (Hb: 10.1), re-considere o valor que você tem dado àqueles preceitos, para a glória do nosso Deus.

Que o Espírito Santo nos conduza a uma alta e reverente apreciação de TODAS as Suas Sagradas Escrituras!

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