sábado, 18 de junho de 2011

DEBATE COM ADVENTISTA - Parte 3


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3) Neste tópico o irmão Luciano havia argumentado que "a Ressurreição do Senhor, se deu no Domingo. Esse fato é relatado nos quatro evangelhos, destacando não somente o acontecimento, mas o dia do acontecimento." Repare que a ênfase do irmão é destacar que as ESCRITURAS, sendo totalmente inspiradas por Deus, destacam o dia do acontecimento e, como você disse, isso tinha que acontecer porque é a "ressurreição do senhor e como poderia ele ter ressuscitado no sábado, se viesse a fazer isso não estaria transgredindo o mandamento de seu pai que diz para descansar no sábado?" Será que JESUS realmente está preso ao SÁBADO em si? O próprio Cristo afirma: "Não penseis que vim destruir a lei ou os profetas; não vim destruir, mas cumprir. Porque em verdade vos digo que, até que o céu e a terra passem, de modo nenhum passará da lei um só i ou um só til, até que tudo seja cumprido." (Mateus 5.17-18). Todavia, Jesus Curou no Sábado (Mateus 12.9-14) e permitiu que seus discípulos colhessem espigas neste dia (Mateus 12.1-8) sendo que, a Lei Mosaica, já havia condenado um homem que estava "apenas" pegando lenha no dia de Sábado (Nm: 15.32-36). Será que Jesus havia desobedecido a SUA própria Lei? Não porque JESUS é o "Senhor do Sábado", bem como, de TODA A LEI. Então se alguém pode ampliar os conceitos desta, este alguém é JESUS, o Filho de Deus (Ver também Mateus 5 e o esclarecimento que JESUS faz das leis Vetero-Testamentárias sem, contudo, passar por cima delas). Por isso, eu discordo quando você diz que se JESUS tivesse ressuscitado no sábado ele estaria transgredindo o mandamento de seu pai!

Agora, quanto a questão de Jesus não falar sobre o Domingo como um dia Sagrado... eu também não ouvi ele falar a Páscoa foi substituída pela Santa Ceia e que não devemos mais comer ervas amargas ou matar o cordeirinho e etc. (POr favor, insisto novamente, se você achar UM texto em toda a Bíblia que confirma a transição "ipsis literis" (Literalmente), me mostre, não sou o Dono da Verdade). A questão é que nós descobrimos isso por inferência Bíblica, ou seja, ainda que não esteja LITERALMENTE revelado, nós entendemos pelo estudo de textos paralelos. No blog [do mcapologetico], você havia argumentado com o Luciano dizendo que "a páscoa continua sendo um memorial só que seu modo de celebrar mudou" ONDE EM TODA A ESCRITURA FALA QUE O SEU "MODO DE CELEBRAR" MUDOU??? É essa a argumentação do Luciano, se Jesus, que é o dono Da Lei, não disse: "A páscoa está sendo alterada no forma que será executada. Acabem com as ervas, deixem o cordeiro de lado, fiquemos apenas com o pão e o Vinho" (?????) Como afirmar que a Páscoa agora tem de ser comemorada de outro jeito? (não estou dizendo que a Santa Ceia não é a continuidade da páscoa, só estou afirmando que o que o argumento usado por você contra o domingo é refutável e banido pelo mesmo princípio usado na Santa Ceia)

O mesmo acontece com Paulo em 1 Coríntios 5: "Expurgai o fermento velho, para que sejais massa nova, assim como sois sem fermento. Porque Cristo, nossa páscoa, já foi sacrificado". Paulo não diz: "Parem de celebrar a Páscoa com ervas amargas e pães asmos" pelo contrário, ele dá subsídio para a prática da mesma, nos mesmos moldes judaicos (que tinham que lançar fora o fermento para comer apenas pães asmos durante uma semana - Lv: 23.4-8), quando diz: "Cristo, nossopesach (Passagem, em Hebraico)" Ou seja, ele está esclarecendo o PROPÓSITO da celebração (que é simbolizar a nossa Passagem da morte para a vida através de Jesus) e não alterando o FORMATO da mesma. Essa alteração nós fazemos por inferência textual e recorrendo aos textos paralelos, como o Domingo. Detalhe que se Cristo era "Cristão", então porque ele celebrou a Páscoa, já que era um ritual judaico para lembrá-los da libertação do Egito??? (ver Mt: 26:20-21 "Enquanto comiam [a páscoa]"). Novamente recorro à transição que estava acontecendo de igreja Judaico-Cristã para igreja totalmente Cristocêntrica.

6 comentários:

  1. Em Reposta a este tópico, Charles W. me enviou o seguinte:

    "O Sábado e Cristo. As Escrituras revelam que, tão verdadeiramente quanto o Pai, Cristo foi o Criador (I Cor. 8:6; Heb. 1:1 e 2; João 1:3). Assim, foi Ele quem separou o sétimo dia para o descanso da humanidade. Jesus associou o sábado com Sua obra redentora, assim como o fizera com Sua obra criadora. Na qualidade de grande EU SOU (João 8:58; cf. Êxo. 3:14), Ele incorporou o sábado ao Decálogo para enfatizar a lembrança do encontro semanal de adoração com o Criador. E Ele acrescentou outra razão para a observância do sábado: a redenção de Seu povo (Deut. 5:14 e 15). Desse modo, o sábado assinala aqueles que aceitaram a Jesus como Criador e Salvador.O duplo papel de Cristo, como Criador e Redentor, torna óbvia a razão pela qual Ele reivindicou, como Filho do homem, ser também o “Senhor do sábado” (Mar. 2:28). Com tal autoridade, Ele poderia ter descartado o sábado se quisesse fazê-lo, mas não foi isso que aconteceu. Ao contrário, aplicou o dia sagrado a toda a humanidade, dizendo: “O sábado foi estabelecido por causa do homem” (verso 27)." [Nisto Cremos, pg.336]

    Jesus foi o criador do sábado junto ao pai, como apresenta o livro, então nos casos que você me apresentou onde aparentemente ele estaria transgredindo a lei do sábado, na verdade ele estava corrigindo os fariseus e MUDANDO A FORMA DE CELEBRAÇÃO DO SÁBADO, tirando assim a obsessão dos fariseus em relação ao sábado."Jesus guardou o Sábado a fim de obedecer ao mandamento divino; o fez para celebrar a criação de Deus, pois, sabia que o Sábado é um memorial do Criador. Ele ensinou enquanto esteve na terra a forma correta de guardá-lo (é dessa maneira que se devem entender textos como Mateus 12:1-14; Marcos 2:23-28; Lucas 6:1-11. O próprio fato de Jesus ser contra a maneira como o Sábado era guardado e intitular-se como Senhor do Sábado prova que Ele jamais teve a intenção de abolir a Lei. Basta analisar Mateus 5:17-19) e não da maneira fanática e extremista dos fariseus." Leandro Quadros.

    Como eu disse Jesus MUDOU A FORMA DE CELEBRAÇÃO DO SÁBADO, ou seja, fez uma reforma como eu mostrei em cima, assim foi com a páscoa, e não existe de forma tão clara uma MUDANÇA dessas, em relação ao domingo.

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  2. Charles, antes de dar prosseguimento a este debate, gostaria de transcrever um trecho da primeira parte dele, quando nós estávamos começando a debater:

    "recomendo que não brinquemos ou zombemos em >>NOSSAS<< argumentações das >>SAGRADAS ESCRITURAS<< enquanto dialogamos, pois corremos o risco de "tomarmos o Nome do SENHOR em vão" (Ex: 20.7)

    Eu deixei bem claro que as argumentações devriam ser elaboradas por "NÓS" e não pelo livro de doutrinas da sua Seita ou por Leandro Quadros, mas por "NÓS"!

    Me entristece ver que você está contradizendo o que você havia dito para mim nos e-mails... dizendo que "se perceber que estou na denominação errada certamente a deixarei". Como fará isso se, até num simples debate, você SÓ utiliza os conceitos formulados pela mesma (ou pelos seus teólogos) e QUASE nunca por você? Charles, Charles, abra seus olhos e veja o que ensina a Lei e os Profetas...

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  3. Mas, vamos as considerações dos "PAIS" de sua igreja e de seu Teólogo favorito:

    1)"Assim, foi Ele quem separou o sétimo dia para o descanso da humanidade"

    Assim... o que??? Nos textos mencionados não há nenhuma menção ao sétimo dia, apenas que Jesus estava criando o mundo no princípio com o Pai. Naquele texto (Gn: 2.1-3) como visto no tópico anterior, Jesus, o Pai e o Espírito santo não estão dando ordem alguma para a humanidade. Moisés apenas registrou o que estava acontecendo lá... E SÓ!

    2)"Jesus associou o sábado com Sua obra redentora, assim como o fizera com Sua obra criadora"

    Onde, EM TODAS AS ESCRITURAS, JESUS faz essa associação? Na verdade, os escritos vetero-testamentários realmente ligavam o SÁBADO à redenção do Egito... mas NUNCA o fizeram ligando o mesmo com a redenção do pecado. Isso quem fez foi o apóstolo Paulo quando SUPER-ENFATIZA o acontecimento da RESSURREIÇÃO de CRISTO como o grande LIBERTADOR da escravidão da humanidade:

    "Ora, se já morremos com Cristo, cremos que também com ele viveremos, sabendo que, tendo Cristo ressurgido dentre os mortos, já não morre mais; a morte não mais tem domínio sobre ele. Pois quanto a ter morrido, de uma vez por todas morreu para o pecado, mas quanto a viver, vive para Deus. Assim também vós considerai-vos como mortos para o pecado, mas vivos para Deus, em Cristo Jesus [...] Pelo que, se alguém está em Cristo, nova criatura é; as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo. Mas todas as coisas provêm de Deus, que nos reconciliou consigo mesmo por Cristo, e nos confiou o ministério da reconciliação; pois que Deus estava em Cristo reconciliando consigo o mundo, não imputando aos homens as suas transgressões; e nos encarregou da palavra da reconciliação." (Rm: 6.8-11 / 2 Co: 5.17-19)

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  4. 3) "Ele incorporou o sábado ao Decálogo para enfatizar a lembrança do encontro semanal de adoração com o Criador"

    Finalmente alguma orientação coerente da parte dos "Pais" de sua igreja, Charles. Concordo plenamente que o PRINCÍPIO SABÁTICO contido no DECÁLOGO permanece até hoje, como muito bem afirma a própria ESCRITURA:

    "Lembra-te do Dia de Sábado (Shabbatt, em hebraico, que significa descanso) para o Santificar. Seis dias trabalharás, e farás todo o teu trabalho; mas o sétimo dia é o sábado do Senhor teu Deus. Nesse dia não farás trabalho algum, nem tu, nem teu filho, nem tua filha, nem o teu servo, nem a tua serva, nem o teu animal, nem o estrangeiro que está dentro das tuas portas." (Ex: 20.8-10)

    Esse é O PRINCÍPIO MORAL ETERNO QUE JAMAIS MUDARÁ ATÉ À VOLTA DE CRISTO! É isso que eu quero que você entenda... o mandamento de Deus permanece! Infelizmente, nossas traduções escreveram o texto como se o SHABBATT fosse o Sétimo dia em si, o nosso Sábado! Mas, na verdade, e melhor tradução para a expressão hebraica acima, é esta: "Lembra-te do dia de DESCANSO para o santificar..." No trecho acima, a ênfase esta no DESCANSO, e não no sétimo dia em si! Claro, depois Deus faz um esclarecimento sobre QUANDO os israelitas deveriam guardar o DIA DE DESCANSO para o SANTIFICAR: "o sétimo dia..." (vs: 11). E é aí que gira todo o nosso debate: porque eu devo continuar guardando o sétimo dia dos judeus, como o SÁBADO DO SENHOR, se aquele mundo que Deus criou agora está corrompido pelo pecado? É só para me lembrar que por causa de um rebelde toda a humanidade perdeu o usufrute daquele mundo maravilhoso? (Ex: 20.11)?

    E porque guardar o SÁBADO DE DESCANSO neste dia se eu nunca fui nem para o Egito? Eu não fui feito escravo lá, mas sim, os judeus! (Dt: 5.15)

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  5. 4) "Desse modo, o sábado assinala aqueles que aceitaram a Jesus como Criador e Salvador.O duplo papel de Cristo, como Criador e Redentor, torna óbvia a razão pela qual Ele reivindicou, como Filho do homem, ser também o “Senhor do sábado” (Mar. 2:28)"

    Desse modo... QUE MODO??? Os textos de Exodo e Deuteronômio se quer fazem menção do Messias prometido!!! As referências lá, são a YHWH (Jeová como muitos dizem)... Aquele que libertou os ISRAELITAS do EGITO! lá não "assinala o duplo papel de Cristo, como Criador e Redentor" do MUNDO, mas de YHWH como criador e redentor do povo de Israel!

    5)Finalmente alguma argumentação plausível do seu teólogo favorito. Pena que a ÊNFASE no DIA DOS ISRAELITAS e não no PRINCÍPIO SABÁTICO DO DECÁLOGO tenha sido mais enfatizada!

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  6. 6) "Como eu disse Jesus MUDOU A FORMA DE CELEBRAÇÃO DO SÁBADO, ou seja, fez uma reforma como eu mostrei em cima".

    Concordo quando você diz que JESUS "MUDOU A FORMA DE CELEBRAÇÃO DO SÁBADO", mas não a FORMA instituída no Sinai, mas a forma "dos fariseus", como lembrou muito bem seu teólogo favorito. Ou seja, as ordenanças humanas extra-bíblicas dos fariseus (Eles haviam determinado até quantos passos o judeu poderia dar nesse dia!) JESUS confrontou, mas não corrigiu o MODO que DEUS mandou guardar no Velho Testamento. Então, Jesus não disse aos israelitas que podiam pegar lenha no Sábado (Nm: 15.32-36), porque, se não, ele estaria revogando a Lei e os Profetas (Mt: 5.17-20), coisa que ele não veio fazer!

    Por isso, quando você diz: "assim foi com a páscoa," é, no mínimo, um estrupo Hermenêutico! Jesus confrontou os Fariseus com a maneira errada DELES guardarem o SÁBADO JUDAICO! Jesus não confrontou a maneira que o VELHO TESTAMENTO havia mandado guardar! Assim como também, Ele nunca os confrontou com a maneira de guardar a Páscoa! Até Porque ele mesmo celebrava ela no MESMO MOLDE do Velho Testamento:

    "Ao anoitecer reclinou-se à mesa com os doze discípulos; e, enquanto comiam [a páscoa], disse: Em verdade vos digo que um de vós me trairá." (Mt: 26.20-21

    Então, você, os "PAIS" de sua seita e seu teólogo favorito, ainda não responderam a indagação da postagem:

    "Quanto a questão de Jesus não falar sobre o Domingo como um dia Sagrado... eu também não ouvi ele falar que a Páscoa foi substituída pela Santa Ceia e que não devemos mais comer ervas amargas ou matar o cordeirinho e etc."

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