quinta-feira, 16 de junho de 2011

MILENISMO FORENSE, Uma Nova Perspectiva!

O QUE É?


R: É uma crença que interpreta o milênio como parte do grande dia de juízo, o último dia. Aceita que a leitura de Apocalipse 20 é uma sequencia cronológica do capítulo 19. Acima de tudo é uma leitura simples desses dois capítulos.

É O MESMO QUE O PRÉ-MILENISMO?

R: Apenas no sentido que a volta de Cristo se dará antes desses 'mil anos'. O Milenismo Judicial não compartilha da ideia pré-milenista histórica nem dispensacionalista no que diz respeito a natureza desse milênio. Nesse sentido seríamos um tipo de amilenismo, pois não cremos que tal período será um meio termo entre uma terra de pecado ainda, com o governo de Cristo.

SERÃO OS MIL ANOS, LITERAIS?

R: Não existe tal preocupação no Milenismo Judicial, pois os números de anos em Apocalipse representam 'tempo marcado', período garantido.

QUAL A NATUREZA DO MILÊNIO NESSA ÉPOCA?

R: Um tempo dentro do dia do Juízo destinado aos santos, para reinar julgando (Mt 19.28). Não existe outro aspecto apresentado na Escritura sobre a natureza desse tempo.

COMO O DIA DO JUÍZO SE RELACIONA COM ESSA INTERPRETAÇÃO?

R: Pensamos que o Dia do Juízo inicia-se com a volta de Cristo (Mt 25. 31,32). Ao observarmos Ap 19.11 até 20.15 chegamos a conclusão que esse é O Dia do Juízo. E os Mil anos está dentro desse tempo.

ESSA POSIÇÃO CONTRARIA A CONFISSÃO DE FÉ DE WESTMINSTER?

R: Os nossos símbolos não se posicionam sobre o milênio. Assim, a CFW não é nem *Amilenista. Alguns teólogos da Assembleia de Westminster seriam, anacronicamente, classificados mais como pós-milenistas do que amilenistas. E os aspectos que nos interessa na CFW, seria o que ela diz sobre o Dia do Juízo, e nessas partes a CFW não nega o julgamento que os santos executarão. O Catecismo Maior diz na pergunta e resposta 90: “O que acontecerá aos santos no dia do juízo?R: [...] se unirão com ele [Cristo] para julgar os répobros, anjos e homens [...]”


Luis Filipe e Luciano Sena

*Quero lembrar que o Amilenismo é uma interpretação nova. 'Talvez' tenha ganhado força com o declínio do pós-milenismo quando este enfrentou a realidade das duas grandes guerras, ou mesmo quando o nojento hálito da teologia liberal assolou os seminários teológicos, 'enfraquecendo' a força do Evangelho, substituindo-o por filosofias e projetos sociais. O Amilenismo tem grandes vantagens sobre os demais sistemas de interpretação do milênio. Mas ele também está confuso com a natureza da primeira ressurreição. Existe Amilenista que diz que a primeira ressurreição é a regeneração, esses estão com Agostinho, e possuem alguma vantagem visto que o NT por vezes chama a regeneração de 'ressurreição'. Porém, a passagem não deixa dúvida que tal ressurreição vem após a morte como cristãos, eles já eram regenerados antes dessa ressurreição! Existe também Amilenista que insiste que essa é a transladação da alma do crente quando ele morre. Parece que Calvino pensava assim. No entanto, qual a base bíblica que se apresenta para defender que o estado intermediário é uma ressurreição?


Um comentário de todo Apocalipse 20, com essa perspectiva, já está pronto, passando por algumas revisões. Em breve postarei.

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