Por que Deixei a Igreja Presbiteriana do Brasil?
Por: João Ricardo Ferreira de França.
Há algum tempo através pensei em escrever sobre a minha saída da afamada IPB. Durante muito tempo estive refletindo sobre essa decisão. E agora, acho que estou em condições para escrever sobre o assunto.
Saí de uma denominação Pentecostal, arminiana, dispensacionalista e legalista. Durante boa parte de minha vida dediquei àquela igreja com afinco e profunda sinceridade; todavia, lendo os livros de história da Igreja observei que nos anais da história a chamada Teologia Reformada sempre foi motivo impulsionador para a reflexão teológica, solidez doutrinária e vida cristã baseada na Escritura.
Procurei conhecer mais sobre a doutrina Reformada. E pra meu espanto vi que, toda a minha concepção teológica estava sendo minada por esta nova descoberta. Meu coração começou a pulsar, de alegria, de paz ao ver que a obra da salvação não dependia de mim, ao saber que fora totalmente depravado, e que Deus em sua graça e amor me escolheu incondicionalmente e que Cristo morreu objetivamente por um povo específico, e que só vim a ser um cristão porque o Espírito Santo me chamou de um modo inexplicável e absoluto, e agora, estava seguro nas mãos do Pai. Oh! Novas de Salvação! Novas de Alegria! Era o canto angélico: “Glória a Deus nas Alturas, boa vontade para com os homens”!
Mas, aguçou uma pergunta onde encontrar tal ensino? Qual Igreja eu acharia esta verdade lida nas páginas da história, nas leituras bíblicas e por fim nos livros teológicos? Comecei a peregrinação fui até a igreja de um homem que falava no Rádio sobre Predestinação - a Igreja Cristo é Vida! – logo, descobri as Filigramas da Graça do “apóstolo Miguel Ângelo – vi o ultramarcionismo ali ensinado, vi uma predestinação preexistencialista, observei a anulação da Lei, aprendi a rejeição do sacramento batismal (adulto e infantil) e passei a negar a trindade eu havia me tornado um sabeliano modalista; fui destruído na mente, fui levado por todo vento de doutrina. Todavia, Deus que sempre preserva os seus eleitos me fez chegar às mãos dois livros: Por que devo Crer na Trindade uma Resposta às Testemunhas de Jeová – devorei o livro. E percebi que eu estava errado em negar a doutrina histórica da Trindade!
O segundo livro foi: Calvinismo: As Antigas doutrinas da Graça. Então, descobri que havia uma igreja que ensinava aquilo que já havia lido nas páginas da história e da minha Bíblia. Comecei a freqüentar a Igreja Presbiteriana perto de minha casa – por pura obra da Graça o pastor daquela Igreja estava ali já fazia um ano, e agora, ele estava ensinando os Cinco Pontos do Calvinismo. Mas, duas coisas haviam chocado minha mente depois, de dois meses de congregado.
A primeira foi que em culto noturno o Pastor havia realizado um Batismo Infantil – fiquei perturbado com aquilo. Como pode uma igreja que se diz evangélica batizar criancinhas? Isso é catolicismo romano! Todavia, fui até o pastor da Igreja e perguntei o que era aquilo? O que significava, ele prontamente me emprestou um livro: Batismo Cristão – Aspersão ou Imersão? – li o livro! Comecei a estudar a questão. Depois, li outro livro emprestado por um diácono da Igreja – Batismo Infantil: o que os pais deveriam saber sobre este sacramento, devorei o livro. Ótimo! Muito bom! Agora eu era um pedobatista – aquele que crer no batismo de criancinha!
A segunda doutrina que tive dificuldade em aceitar fora o Sola Scriptura. Ora, eu era um pentecostal congregando dentro de uma igreja que de púlpito dizia: Não há mais dons espirituais. E por que? A Bíblia é completa e suficiente. Aquela declaração mexeu comigo. Fui novamente falar com pastor da Igreja. Ele prontamente me emprestou o livro: Os carsimáticos. Tive raiva do livro! Confesso a todos. Pois, ali eu vi o meu sistema sendo desafiado, na semana seguinte um grupo de jovens da Igreja disse que iríamos ao Simpósio os Puritanos. Fui com aquela juventude toda empolgada. Naquela época o Simpósio era gratuito. Foi realizado na Igreja Presbiteriana da Conde da Boavista – Recife – PE. Quem estava lá? O.Palmer Robertson apresentando palestras sobre a cessão dos dons – que deram origem ao seu livro Palavra Final – Respostas Bíblicas às questões de línguas e profecia. Quem era o tradutor? Dr. Augustus Nicodemos Lopes.
Tudo o que eu ouvi naquela noite ainda ressoam na minha mente – agradeço a Deus todas as noites por te me dado oportunidade de ouvir tudo aquilo ali – daquele dia em diante eu passaria a dizer: Sola Scriptura. Passei a amar e a ler mais a Bíblia. Sim, amei saber que ela era suficiente e a autoridade final. Então, decide procurar o Conselho daquela igreja onde congregava e solicitar a minha filiação à mesma. A entrevista durou um bom tempo. O pastor e os presbíteros questionaram-me sobre a doutrina da Igreja. Eu já havia lido a confissão de fé duas vezes, fazia minhas devocionais usando o catecismo maior de westminster; e, então, o conselho me solicitou de forma escrita o que eu cria, e perguntou-me questões do governo da igreja e tudo mais.
Passei a ouvir pregações na minha igreja sobre o principio regulador do culto. Fiquei chocado com tudo o que ouvira, mas lendo, estudando a Bíblia, fui percebendo que era aquilo, sim, comecei a ver que a minha igreja estava no caminho certo (igreja reformada sempre se reformando). Comecei a ir até o Projeto Os Puritanos ( o pastor sempre recomendava que os membros da Igreja fossem ao Projeto), muito bom.
Tudo começou a mudar quando fui enviado ao Seminário. Ali vi que a luta era mais do que se imaginava, tive contado com seminaristas que nem tinham conhecimento da Confissão de Fé da Igreja, seminaristas pentecostais dentro do seminário. Começamos a fazer amizade, dentro das limitações nossas conseguimos influenciar alguns alunos, com o estudo da confissão de fé que realizávamos após o período de aulas.
Fui começar um trabalho evangelístico em comunidade muito pobre. Começamos ensinando a Confissão de Fé. Aquela comunidade cresceu, com um culto segundo as Escrituras, orientado pela CFW, com o aval da Igreja mãe e do Pastor da Igreja.
Todavia, fui percebendo que o guiava agora a igreja não era sua confessionalidade e sim os disgestos, os concílios, os documentos, pastores que não ensinam os símbolos de fé, e ainda, criaram um epíteto para os que são confessionais (neopuritanto) fui rotulado de neopuritano! Bem, o resto todos conhecem.
A Congregação que iniciara se viu forçada a sair da IPB porque quem a fundou foi um neopuritano, e como a IPB é contra os neopuritanos, então, aquela congregação não serve para estar na IPB.
A Igreja saiu da IPB, mas antes de sair fez uma bela homenagem ao Pastor que apoiou o trabalho quando era pastor da Igreja mãe, agradecendo a Deus pela vida daquele pastor, e do Seminarista, neste caso eu, pelo anos de dedicação aquela igreja, chorei muito em ter que me despedi da minha pequena paróquia. Eles foram para outra denominação presbiteriana. Mas, eu continuei na IPB – claro de forma exilada! Pela providência divina estou em outro estado, liderando uma pequena igreja Presbiteriana do Brasil. Trabalhando muito para que a Fé reformada seja divulgada aqui onde me encontro, estou longe da minha família, longe dos meus amigos, longe da minha noiva, longe de minha pátria, me retirei da Igreja Presbiteriana do Brasil em Recife porque não podia ser reformado lá! Aqui onde estou, continuo sendo da IPB e Reformado, e não me importo mais se me chamarem de neopuritano.
Esta mensagem escrevo em homenagem ao meu melhor amigo que considero como um irmão. Quero dizer-lhe sou otimista, vejo o progresso da igreja de Cristo na IPB. E isso me motiva a estar nela, mais e mais por amor, por vocação por acreditar que apenas a Fé Reformada, seja ela abraçada pelos neopuritantos ou não é a Verdade que liberta!
Pelo, Reino e por um Evangelho da Graça,
Soli Deo Glória!
Por: João Ricardo Ferreira de França.
Há algum tempo através pensei em escrever sobre a minha saída da afamada IPB. Durante muito tempo estive refletindo sobre essa decisão. E agora, acho que estou em condições para escrever sobre o assunto.
Saí de uma denominação Pentecostal, arminiana, dispensacionalista e legalista. Durante boa parte de minha vida dediquei àquela igreja com afinco e profunda sinceridade; todavia, lendo os livros de história da Igreja observei que nos anais da história a chamada Teologia Reformada sempre foi motivo impulsionador para a reflexão teológica, solidez doutrinária e vida cristã baseada na Escritura.
Procurei conhecer mais sobre a doutrina Reformada. E pra meu espanto vi que, toda a minha concepção teológica estava sendo minada por esta nova descoberta. Meu coração começou a pulsar, de alegria, de paz ao ver que a obra da salvação não dependia de mim, ao saber que fora totalmente depravado, e que Deus em sua graça e amor me escolheu incondicionalmente e que Cristo morreu objetivamente por um povo específico, e que só vim a ser um cristão porque o Espírito Santo me chamou de um modo inexplicável e absoluto, e agora, estava seguro nas mãos do Pai. Oh! Novas de Salvação! Novas de Alegria! Era o canto angélico: “Glória a Deus nas Alturas, boa vontade para com os homens”!
Mas, aguçou uma pergunta onde encontrar tal ensino? Qual Igreja eu acharia esta verdade lida nas páginas da história, nas leituras bíblicas e por fim nos livros teológicos? Comecei a peregrinação fui até a igreja de um homem que falava no Rádio sobre Predestinação - a Igreja Cristo é Vida! – logo, descobri as Filigramas da Graça do “apóstolo Miguel Ângelo – vi o ultramarcionismo ali ensinado, vi uma predestinação preexistencialista, observei a anulação da Lei, aprendi a rejeição do sacramento batismal (adulto e infantil) e passei a negar a trindade eu havia me tornado um sabeliano modalista; fui destruído na mente, fui levado por todo vento de doutrina. Todavia, Deus que sempre preserva os seus eleitos me fez chegar às mãos dois livros: Por que devo Crer na Trindade uma Resposta às Testemunhas de Jeová – devorei o livro. E percebi que eu estava errado em negar a doutrina histórica da Trindade!
O segundo livro foi: Calvinismo: As Antigas doutrinas da Graça. Então, descobri que havia uma igreja que ensinava aquilo que já havia lido nas páginas da história e da minha Bíblia. Comecei a freqüentar a Igreja Presbiteriana perto de minha casa – por pura obra da Graça o pastor daquela Igreja estava ali já fazia um ano, e agora, ele estava ensinando os Cinco Pontos do Calvinismo. Mas, duas coisas haviam chocado minha mente depois, de dois meses de congregado.
A primeira foi que em culto noturno o Pastor havia realizado um Batismo Infantil – fiquei perturbado com aquilo. Como pode uma igreja que se diz evangélica batizar criancinhas? Isso é catolicismo romano! Todavia, fui até o pastor da Igreja e perguntei o que era aquilo? O que significava, ele prontamente me emprestou um livro: Batismo Cristão – Aspersão ou Imersão? – li o livro! Comecei a estudar a questão. Depois, li outro livro emprestado por um diácono da Igreja – Batismo Infantil: o que os pais deveriam saber sobre este sacramento, devorei o livro. Ótimo! Muito bom! Agora eu era um pedobatista – aquele que crer no batismo de criancinha!
A segunda doutrina que tive dificuldade em aceitar fora o Sola Scriptura. Ora, eu era um pentecostal congregando dentro de uma igreja que de púlpito dizia: Não há mais dons espirituais. E por que? A Bíblia é completa e suficiente. Aquela declaração mexeu comigo. Fui novamente falar com pastor da Igreja. Ele prontamente me emprestou o livro: Os carsimáticos. Tive raiva do livro! Confesso a todos. Pois, ali eu vi o meu sistema sendo desafiado, na semana seguinte um grupo de jovens da Igreja disse que iríamos ao Simpósio os Puritanos. Fui com aquela juventude toda empolgada. Naquela época o Simpósio era gratuito. Foi realizado na Igreja Presbiteriana da Conde da Boavista – Recife – PE. Quem estava lá? O.Palmer Robertson apresentando palestras sobre a cessão dos dons – que deram origem ao seu livro Palavra Final – Respostas Bíblicas às questões de línguas e profecia. Quem era o tradutor? Dr. Augustus Nicodemos Lopes.
Tudo o que eu ouvi naquela noite ainda ressoam na minha mente – agradeço a Deus todas as noites por te me dado oportunidade de ouvir tudo aquilo ali – daquele dia em diante eu passaria a dizer: Sola Scriptura. Passei a amar e a ler mais a Bíblia. Sim, amei saber que ela era suficiente e a autoridade final. Então, decide procurar o Conselho daquela igreja onde congregava e solicitar a minha filiação à mesma. A entrevista durou um bom tempo. O pastor e os presbíteros questionaram-me sobre a doutrina da Igreja. Eu já havia lido a confissão de fé duas vezes, fazia minhas devocionais usando o catecismo maior de westminster; e, então, o conselho me solicitou de forma escrita o que eu cria, e perguntou-me questões do governo da igreja e tudo mais.
Passei a ouvir pregações na minha igreja sobre o principio regulador do culto. Fiquei chocado com tudo o que ouvira, mas lendo, estudando a Bíblia, fui percebendo que era aquilo, sim, comecei a ver que a minha igreja estava no caminho certo (igreja reformada sempre se reformando). Comecei a ir até o Projeto Os Puritanos ( o pastor sempre recomendava que os membros da Igreja fossem ao Projeto), muito bom.
Tudo começou a mudar quando fui enviado ao Seminário. Ali vi que a luta era mais do que se imaginava, tive contado com seminaristas que nem tinham conhecimento da Confissão de Fé da Igreja, seminaristas pentecostais dentro do seminário. Começamos a fazer amizade, dentro das limitações nossas conseguimos influenciar alguns alunos, com o estudo da confissão de fé que realizávamos após o período de aulas.
Fui começar um trabalho evangelístico em comunidade muito pobre. Começamos ensinando a Confissão de Fé. Aquela comunidade cresceu, com um culto segundo as Escrituras, orientado pela CFW, com o aval da Igreja mãe e do Pastor da Igreja.
Todavia, fui percebendo que o guiava agora a igreja não era sua confessionalidade e sim os disgestos, os concílios, os documentos, pastores que não ensinam os símbolos de fé, e ainda, criaram um epíteto para os que são confessionais (neopuritanto) fui rotulado de neopuritano! Bem, o resto todos conhecem.
A Congregação que iniciara se viu forçada a sair da IPB porque quem a fundou foi um neopuritano, e como a IPB é contra os neopuritanos, então, aquela congregação não serve para estar na IPB.
A Igreja saiu da IPB, mas antes de sair fez uma bela homenagem ao Pastor que apoiou o trabalho quando era pastor da Igreja mãe, agradecendo a Deus pela vida daquele pastor, e do Seminarista, neste caso eu, pelo anos de dedicação aquela igreja, chorei muito em ter que me despedi da minha pequena paróquia. Eles foram para outra denominação presbiteriana. Mas, eu continuei na IPB – claro de forma exilada! Pela providência divina estou em outro estado, liderando uma pequena igreja Presbiteriana do Brasil. Trabalhando muito para que a Fé reformada seja divulgada aqui onde me encontro, estou longe da minha família, longe dos meus amigos, longe da minha noiva, longe de minha pátria, me retirei da Igreja Presbiteriana do Brasil em Recife porque não podia ser reformado lá! Aqui onde estou, continuo sendo da IPB e Reformado, e não me importo mais se me chamarem de neopuritano.
Esta mensagem escrevo em homenagem ao meu melhor amigo que considero como um irmão. Quero dizer-lhe sou otimista, vejo o progresso da igreja de Cristo na IPB. E isso me motiva a estar nela, mais e mais por amor, por vocação por acreditar que apenas a Fé Reformada, seja ela abraçada pelos neopuritantos ou não é a Verdade que liberta!
Pelo, Reino e por um Evangelho da Graça,
Soli Deo Glória!
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